B e n v i n d o ! ! !

16 de jul. de 2014

Smoke Test



Ao montar um micro, o primeiro boot é sempre um momento de tensão, já que uma fonte com problemas de fábrica, ou algum componente mal encaixado pode causar um pequeno desastre. No meio técnico, ligar o micro pela primeira vez é chamado de "smoke test", ou teste da fumaça, em homenagem ao que pode acontecer caso as coisas dêem errado ;).
Hoje em dia, a possibilidade de problemas graves acontecerem por causa de problemas de montagem é relativamente pequena, pois os conectores são todos projetados de forma que uma coisa não encaixe no lugar da outra. Desde que você não deixe nenhuma placa mal encaixada (com os contatos na diagonal, fechando um curto), não ligue um micro com a chave da fonte no 110 em uma tomada 220, nem tente instalar placas com o micro ligado, não existe realmente muita coisa que possa acontecer.
O principal problema é a questão dos encaixes, que é o grande martírio dos distraídos. Na maioria dos casos, tentar ligar o micro com uma placa ou pente de memória mal encaixado vai apenas fazer com que o boot pare com uma das seqüências de bips do BIOS, sem maiores conseqüências, mas é melhor não contar com a sorte. Algumas combinações podem realmente causar tragédias, sobretudo nas placas AGP ou PCI Express.
Antes de ligar, verifique se tudo está corretamente encaixado. Ao usar gabinetes baratos, cheque duplamente, pois irregularidades no gabinete podem deixar as placas fora de posição. Não é incomum que a placa seja empurrada conforme você aperta o parafuso de fixação, por exemplo.
Embora a possibilidade de queimar todo o micro por causa de uma placa mal encaixada ou uma fonte que venha com defeito de fábrica seja relativamente pequena, a lei de murphy existe para nos lembrar que os problemas mais calamitosos podem aparecer onde menos se espera (tem gente que morre escorregando no banheiro...), por isso, cuidado nunca é demais. Afinal, montando micros você está mexendo com componentes que podem muitas vezes custar mais do que um mês de salário.
Ao montar micros, o ideal é sempre fazer o teste da fumaça depois de ligar apenas os componentes essenciais (placa-mãe, processador, cooler, memória, teclado e monitor). Se você estiver usando uma placa 3D cara, faça o primeiro teste usando alguma placa de vídeo barata que tiver em mãos. Fazendo isso, se algo calamitoso acontecer, você perde apenas parte dos componentes.
Você pode montar a placa-mãe sobre a própria caixa e o plástico antiestático e usar uma chave Philips para ligar a placa, fechando o contato entre os dois polos do conector "Power SW" do painel para os botões do gabinete na placa-mãe:
Se o primeiro boot ocorrer bem, acesse o setup e cheque as tensões da fonte. Aproveite e dê também uma revisada nas configurações, principalmente as relacionadas com o clock e tensões utilizadas pelo processador. Ao terminar, desligue o micro e vá instalando os demais componentes, um de cada vez, sempre tomando o cuidado de desligar o micro e desconectar a fonte da tomada antes de cada mudança.
Fazendo isso, fica também muito mais fácil detectar problemas. Afinal, se o micro estava funcionando, mas depois de instalar uma placa de captura de vídeo (por exemplo), o monitor fica preto e você passa a ouvir bips de erro, significa que o problema está muito provavelmente relacionado a ela. Se você já tivesse montado todo o micro, teria que começar a testar cada um dos componentes até descobrir o que está errado.
Componentes defeituosos
É relativamente comum que peças venham com problemas, seja por defeito de fabricação, seja por danos causados pelo transporte ou manuseio. Em muitos casos a peça simplesmente não funciona, enquanto em outros apresenta problemas de estabilidade ou erros diversos. Não confie que um componente está bom simplesmente por que você acabou de tirar da caixa; sempre procure verificar e testar tudo.

Pentes de memória, por exemplo, podem ser facilmente danificados por eletricidade estática quando manuseados. Como um pente é composto por 8 ou 16 chips e cada um possui vários milhões de transístores, o dano costuma ser localizado, afetando apenas um conjunto de células adjacentes. Ao usar o pente, o sistema pode funcionar de forma normal (sobretudo se a área danificada estiver próxima dos últimos endereços lógicos do módulo), porém, quando o sistema ou programas acessarem a área danificada você verá erros ou travamentos. Um programa de teste de memória, como o memtest, testa individualmente cada uma das células, indicando até mesmo problemas que aparecem apenas em determinadas situações. Os pentes de memória podem ser danificados também por picos de tensão (que a fonte de alimentação e os circuitos da placa-mãe não sejam capazes de atenuar completamente) ou ainda por causa de problemas na fonte ou nos circuitos de alimentação da placa-mãe. Normalmente, os pentes de memória são os primeiros componentes a apresentar problemas em micros sem aterramento, ligados em uma rede elétrica precária ou com problemas na fonte de alimentação. No caso dos HDs, temos o aparecimento de badblocks, que podem ser causados por impactos enquanto os discos estão girando (como no caso clássico do usuário batendo na mesa quando um programa trava), por problemas diversos na rede elétrica ou fonte (assim como no caso dos pentes de memória), ou ainda pelo envelhecimento natural da mídia, que começa a se manifestar após alguns anos de uso.


Todo HD moderno possui uma área "extra" chamada de defect map. Ela é usada automaticamente pela placa controladora sempre que setores do disco apresentam erros de leitura. Os setores defeituosos são "remapeados", ou seja, a controladora deixa de usar o setor defeituoso e passa a usar um dos setores da área reservada. Só quando estes setores extra se acabam é que programas de diagnóstico como o scandisk ou o badblocks (no Linux) começam a indicar setores defeituosos no HD. Ou seja, a presença de alguns poucos setores defeituosos geralmente indica a presença de um problema mais grave, pois antes deles já vieram muitos outros. Em alguns casos, o problema se estabiliza e o HD pode ser usado por meses sem o aparecimento de novos badblocks, mas em outros o problema pode ser crônico. Em micros de trabalho, o ideal é substituir o HD por outro e transferir o HD com badblocks para um micro usado para tarefas menos importantes.
Dispositivos USB
Com o aparecimento de todo tipo de carregadores, luzes e gadgets em geral, as portas USB passaram a ser outra fonte de problemas e acidentes. Embora o USB seja um barramento plug-and-play, portas ou periféricos queimados são bem mais comuns do que nas antigas portas seriais e paralelas.
O grande problema é que o USB oferece alimentação elétrica aos componentes. A especificação prevê o fornecimento de 0.5 ampere a 5 volts (o que corresponde a 2.5 watts) mas, para manter uma boa margem de tolerância, os fabricantes oferecem muitas vezes portas capazes de fornecer 1 ampere (ou mais, em alguns casos). É por isso que você muitas vezes consegue que uma gaveta para HDs de notebook, projetada para usar o fornecimento elétrico de duas portas USB, funcione perfeitamente com apenas uma.
Tanta energia favorece o aparecimento de problemas. Um periférico USB mal projetado, ou um circuito ou conector defeituoso, que provoque um curto ao ser encaixado, pode causar uma pequena tragédia, queimando a porta USB ou até mesmo causando danos adicionais na placa-mãe. Normalmente, isso é acompanhado por um travamento do sistema, que leva embora trabalhos não salvos.
Com o barateamento dos pendrives, cartões e leitores e a entrada no mercado de toda sorte de periféricos de baixa qualidade, eles também estão se tornando uma fonte comum de problemas, por isso é sempre bom ser precavido e testar qualquer novo periférico USB em um micro antigo, antes de espetá-lo no seu notebook ou micro de trabalho.
Softwares
Não é comum que softwares causem problemas de hardware, mas não é impossível de acontecer. Um caso famoso foi o instalador do Mandrake 9.2 (
http://www.newsforge.com/article.pl?sid=03/10/27/0218209), que acidentalmente usava uma instrução que apagava o firmware de um certo modelo de gravador da LG, inutilizando o equipamento até que o firmware fosse regravado.
O vírus Chernobyl (
http://www.cert.org/incident_notes/IN-99-03.html), que causou pânico entre 1999 e 2000, apagava o BIOS da placa-mãe, usando funções reservadas aos programas de atualização, novamente inutilizando o equipamento até que o BIOS fosse regravado. As assistências que contavam com gravadores de EPROM foram bastante requisitadas nesta época.
Como os componentes modernos possuem cada vez mais firmwares atualizáveis via software, a possibilidade do aparecimento de programas ou vírus que danifiquem (seja acidentalmente ou intencionalmente) o componente, apagando ou danificando o firmware, é cada vez maior. Também é possível (pelo menos em teoria) que um software cause danos forçando a leitura repetitiva de alguns poucos setores de um pendrive ou cartão de memória
, até que as células sejam danificadas, por exemplo.
Como a velocidade de rotação dos coolers e até mesmo a freqüência de operação da placa-mãe e diferentes barramentos podem ser controladas via software na grande maioria das placas modernas, também não é impossível que um software consiga causar danos ou travamentos ao forçar um overclock excessivo ou causar superaquecimento reduzindo a velocidade de rotação dos coolers.
Enfim, embora seja extremamente raro, não é impossível que danos de hardware sejam causados via software, de forma que esta possibilidade também não deve
ser descartada completamente.

Gerador, escolher criteriosamente

Ultimamente estou envolvido em eventos médios e pequenos que usam geradores, geralmente por ignorância são sempre superdimensionados. Pesquisando sobre o assunto eu achei duas publicações que tem me ajudado. Ai vai a primeira:



Apresentamos os dois aspectos mais importantes a serem considerados para o dimensionamento de um gerador. O objetivo é escolher e equipamento mais adequado e eficiente para suas necessidades.

Cálculo da Potência a ser consumida

A potência a ser consumida por um gerador trifásico é calculada com a seguinte equação:

P [KW] = U [VOLT] X I [AMP] X 1,732 X COS / 1000

Onde P: potência; U: tensão entre fases; I: corrente por cada fase;
cos : fator de potência da carga.

Exemplo 1: quando se tem que alimentar uma configuração de cargas monofásicas (lâmpadas incandescentes) que totalizam um consumo de 300 ampères, deve-se efetuar o seguinte cálculo:

a)
Distribuir em cada fase eqüitativamente as lâmpadas de maneira a obter um consumo total de 100 amp. por cada fase.
b)
Considerar que dispomos de um esquema elétrico trifásico onde a tensão entre fases é de 380 V e a tensão entre fase e neutro é de 220 V.
c)
U = 380 V; I = 100 A; Cos = 1 (corresponde a lâmpadas incandescentes) P [kW] = 380V x 100A x 1.732 x 1 / 1000 = 65,81 kW.

Exemplo 2: o gerador alimentará um motor elétrico trifásico. Neste caso devem-se distinguir os dois regimes de carga que os motores elétricos apresentam: o regime transitório do arranque e o regime permanente. Durante o regime permanente, o motor elétrico consumirá seus parâmetros nominais de corrente e potência.

Durante o arranque considerar que a potência mecânica a ser solicitada pelo motor elétrico para vencer a inércia de seu rotor será:

de 2 a 3 vezes sua potência nominal expressa em [kW] se tal arranque for do tipo direto.
de 1,2 a 1,5 vezes sua potência nominal expressa em [kW] para outros tipos de arranque.

Entretanto, sugerimos que se comunique com nosso pessoal especializado, que o ajudará na escolha do gerador mais conveniente.

Exemplo 3: quando devem ser alimentadas cargas não lineares, tipicamente uma UPS, deve-se ter especial cuidado em obter os seguintes dados da UPS:

a)
Potência.
b)
Tensão e corrente nominais.
c)
Fator de potência e eficiência.
d)
Pulsos do retificador.

Para dimensionar o gerador rapidamente, deve-se considerar que sua potência nominal será pelo menos de 2,5 a 3 vezes superior à da UPS. Entretanto, sugerimos que se comunique com nosso pessoal especializado, que o ajudará na escolha do gerador mais conveniente.

Regime de uso do gerador

Uma vez calculada a potência a ser consumida pelo gerador, dever-se-á estabelecer o regime de uso do equipamento para, assim, finalmente, poder dimensionar a máquina. Para isso, distinguiremos três regimes diferentes:

Regime Stand By: o gerador será utilizado unicamente em caso de corte da fonte principal de energia. (Fator de utilização = 1,00).
Regime Permanente: o gerador será utilizado como fonte principal de energia, sem limitação na quantidade de horas diárias e com carga variável, tal que a média diária da mesma não supere 70% do pico máximo de potência a ser consumida. (Fator de utilização = 1,10).
Regime base: o gerador será utilizado como fonte principal de energia, sem limitação na quantidade de horas diárias e com carga constante 24 x 24 h. (Fator de utilização = 1,35).

Cálculo final

Multiplicando o valor de potência a ser consumida pelo fator de utilização, teremos o valor de potência necessária do gerador. O procedimento de cálculo indicado é recomendado para obter rápida e aproximadamente o dimensionamento do equipamento. Entretanto, sugerimos que se comunique com nosso pessoal especializado para um assessoramento integral e profissiona



Segunda publicação:




Para escolher o grupo gerador correto para a tarefa decida os equipamentos que você vai utilizar isolada e simultaneamente. Calcule o consumo em W de cada item ( tensão x corrente = potência). Some o consumo de todos os equipamentos que serão utilizados
simultaneamente. Tenha em mente que o acionamento inicial de um motor elétrico pode consumir até 3 vezes o que ele consome durante o funcionamento normal. Compressores e ar condicionado podem consumir até 7 vezes o que ele consome durante seu funcionamento normal.


Lembre-se:
TENSÃO (V) X CORRENTE (A) = POTÊNCIA (W)
Os consumos em W relacionados abaixo têm base nas necessidades em W calculadas.
Para saber o consumo exato, consulte a placa de identificação ou o Manual de Operação, do item ou itens que você quer alimentar.


Alguns aparelhos provocam um “pico” de consumo quando são acionados. Isso significa que o volume de energia elétrica necessária para acionar o aparelho pode exceder o volume necessário para manter o aparelho funcionando. Os aparelhos elétricos
têm normalmente uma placa de identificação que indica a tensão (V), a freqüência (Hz), a corrente (A) e a potência (W) do aparelho ou ferramenta elétrica. Verifique junto ao revendedor ou centro de serviços mais próximo quais são os picos de consumo provocados
por determinados aparelhos ou ferramentas elétricas.



Os motores elétricos exigem uma corrente inicial maior. Esse consumo inicial depende do tipo e da forma de utilização do motor, o aparelho consumirá apenas 50 a 30% dessa corrente para continuar funcionando.
O consumo operacional de aparelhos elétricos como lâmpadas incandescentes e Fornos Elétricos é idêntico ao consumo inicial.
Aparelhos como bombas submersas e compressores ou condicionadores de ar exigem uma corrente inicial muito grande. Consomem 3 a 7 vezes mais que o consumo nominal, no momento em que são acionados. (Por exemplo, um grupo gerador de 5.000
W só consegue alimentar uma bomba d’água de 1.800 a 3.100 W.).


As lâmpadas fluorescentes consomem 2 vezes mais, no momento em que são acesas. As lâmpadas a vapor de mercúrio consomem 2 a 3 vezes mais, no momento em que são acesas. A maioria das ferramentas elétricas consome 2 a 3 vezes mais quando funciona sob carga. (Por exemplo, um grupo gerador de 9.000 W consegue alimentar uma ferramenta elétrica de 3.200 a 7.000 W).



OBSERVAÇÕES:
1 CV = 750W.
É necessário considerar potência perdida em relação à metragem de cabeamento.
Sempre estabeleça 25% de sobra potência, em relação à potência necessária. (EX. potência de 4000 W + 25% = 5000W, isto significa que é necessário um gerador com no mínimo 5000 W).



NOTA!
Para dimensionar geradores trifásicos, é necessário considerar o fator de potência do mesmo. (EX. gerador que possui uma potência máxima de 11,5 KVA e fator de potência 0,8 ).
Onde:
Pr = Potência real
Pa = Potência aparente
Fp = Fator de potência
Vamos ao calculo:
Pr = Pa x Fp
Pr = 11,5 x 0,8
Pr = 9,2 KVA




PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS

Projetar uma instalação elétrica de uma edificação consiste em:
· Quantificar e determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de
energia elétrica;
· Dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e
condutos;
· Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção,
de comando, de medição de energia elétrica e demais acessórios.
Projeto de instalações elétricas para fornecimento de energia elétrica em tensão
secundária de distribuição a unidades consumidoras residenciais
è Potência instalada <>DEFINIÇÕES
Unidade consumidora: qualquer residência, apartamento, escritório, loja, sala,
dependência comercial, depósito, indústria, galpão, etc., individualizado pela
respectiva medição;
Ponto de entrega de energia: É o ponto de conexão do sistema elétrico público
(CELESC) com as instalações de utilização de energia elétrica do consumidor;
Entrada de serviço de energia elétrica: Conjunto de equipamentos, condutores e
acessórios instalados desde o ponto de derivação da rede de energia elétrica
pública (CELESC) até a medição (desenhos 3 e 4 CELESC);
Potência instalada: É a soma das potências nominais dos aparelhos,
equipamentos e dispositivos a serem utilizados na instalação consumidora.
Inclui tomadas (previsão de cargas de eletrodomésticos, TV, som, etc.),
lâmpadas, chuveiros elétricos, aparelhos de ar-condicionado, motores, etc.;
Aterramento: Ligação à terra, por intermédio de condutor elétrico, de todas as
partes metálicas não energizadas, do neutro da rede de distribuição da
concessionária e do neutro da instalação elétrica da unidade consumidora.
Partes componentes de um projeto elétrico: O projeto é a representação escrita
da instalação e deve conter no mínimo:
· Plantas;
· Esquemas (unifilares e outros que se façam necessários);
· Detalhes de montagem, quando necessários;
· Memorial descritivo;
· Memória de cálculo (dimensionamento de condutores, condutos e
proteções);
· ART.
Normas técnicas a serem consultadas na elaboração de um projeto elétrico
· ABNT (NBR 5410/97, NBR 5419 aterramento)
· Normas da concessionária elétrica local (CELESC DPSC/NT-01-BT 1995,
revisão 2000 – www.celesc.com.br)
· Normas específicas aplicáveis
Critérios para a elaboração de projetos
· Acessibilidade;
· Flexibilidade (para pequenas alterações) e reserva de carga (para
acréscimos de cargas futuras);
· Confiabilidade (obedecer normas técnicas para seu perfeito
funcionamento e segurança)
Etapas da elaboração de um projeto de instalação elétrica
· Informações preliminares
è plantas de situação
è projeto arquitetônico
è projetos complementares
è informações obtidas do proprietário
· Quantificação do sistema
è levantamento da previsão de cargas (quantidade e potência
nominal dos pontos de utilização – tomadas, iluminação,
elevadores, bombas, ar-condicionado, etc)
· Desenho das plantas
è desenho dos pontos de utilização
è localização dos Quadros de Distribuição de Luz (QLs)
è localização dos Quadros de Força (QFs)
è divisão das cargas em circuitos terminais
è desenho das tubulações de circuitos terminais
è localização das Caixas de Passagem dos pavimentos e da prumada
è localização do Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT), Centros de
Medidores, Caixa Seccionadora, Ramal Alimentador e Ponto de
Entrega
è desenho das tubulações dos circuitos alimentadores
è desenho do Esquema Vertical (prumada)
è traçado da fiação dos circuitos alimentadores
· Dimensionamento de todos os componentes do projeto, com base nos
dados registrados nas etapas anteriores + normas técnicas + dados dos
fabricantes
è dimensionamento dos condutores
è dimensionamento das tubulações
è dimensionamento dos dispositivos de proteção
è dimensionamento dos quadros
· Quadros de distribuição
è quadros de distribuição de carga (tabelas)
è diagramas unifilares dos QLs
è diagramas de força e comando de motores (QFs)
è diagrama unifilar geral
· Memorial descritivo: descreve o projeto sucintamente, incluindo dados e
documentação do projeto
· Memorial de cálculo, contendo os principais cálculos e
dimensionamentos
è cálculo das previsões de cargas
è determinação da demanda provável
è dimensionamento de condutores, eletrodutos e dispositivos de
proteção
· Especificações técnicas e lista de materiais
· ART junto ao CREA local
· Análise e aprovação da concessionária (possíveis revisões)
Tensão, Corrente e Resistência Elétrica, Potência & Energia
Tensão Elétrica “voltagem”
Símbolo = V
Unidade = Volt, V
Diferença de potencial entre dois condutores elétricos (fase e neutro).
Em SC, condutor fase está a 220V e condutor neutro está a 0V.
Corrente Elétrica “amperagem”
Símbolo = I
Unidade = Ampère, A
Passagem de energia elétrica por um condutor elétrico submetido a uma
diferença de potencial.
Resistência Elétrica
Símbolo = R
Unidade = Ohm, W
Resistência à passagem de corrente elétrica em um condutor elétrico
Energia
Símbolo = E
Unidade = Watt-hora, Wh
Capacidade de realizar trabalho; potência num intervalo de tempo
Potência
Símbolo = P
Unidade = Watt, W
Energia instantânea, o consumo em cada instante de um aparelho elétrico
FORMULÁRIO
V = R x I I = V / R R = V / I
E = V x I x t (tempo, em horas) E = R x I2 x t E = (V2 / R) x t
P = E / t P = V x I P = R x I2 P = V2 / R
I = P / V
Condutores Elétricos:
· Fio elétrico: seção circular única (Cu, Al), recoberta por isolamento
termoplástico (vermelho, azul, preto, branco, amarelo, verde, preto)
· Cabo elétrico: várias seções circulares trançadas
CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE FORNECIMENTO EM
TENSÃO SECUNDÁRIA
· Limites de fornecimento: Unidades consumidoras com potência instalada
< xima =" 15kW"> 3CV (HP)
nem máquina de solda a transformador
· Tipo B (bifásico): fornecimento a 3 fios (2 fases e neutro)
380/220V urbana e 440/220V rural
potência instalada entre 15 e 22kW
(urbana) e até 25kW (rural)
não pode incluir motor mono >3CV (HP)
@ 220V ou > 7.5 CV @ 440V nem máquina
de solda a transformador
· Tipo C (trifásico): fornecimento a 4 fios (3 fases e neutro)
380/220V
potência instalada entre 22 e 75kW
não pode incluir motor mono >3CV (HP)
@ 220V ou motor tri > 25CV (HP) @ 380V
nem máquina de solda a transformador
Observação: As unidades consumidoras que não se enquadrarem nos
tipos A, B, ou C serão atendidas em tensão primária de distribuição
Dimensionamento da ENTRADA DE SERVIÇO para condutores, eletrodutos e
proteção geral das unidades consumidoras dos tipos A, B e C (tabelas 01, 02 e
03). Condições Gerais da norma CELESC:
· obedecer as normas ABNT
· partir do poste (ou ponto) da rede da CELESC por ela determinado e ser
efetuada pela CELESC
· não cortar terrenos de terceiros nem passar sobre área construída
· entrar preferencialmente pela frente da unidade consumidora, ser
perfeitamente visível e livre de obstáculos (ver poste particular, desenho
01 CELESC)
· não cruzar com condutores de ligações de edificações vizinhas
· respeitar distâncias horizontais (1.20m) e verticais (2.50m) mínimas da
norma
· apresentar vão livre máximo de 30m; se medição no corpo da edificação,
então esta deverá estar no máximo a 15m da via pública
· manter separação mínima de 20cm entre os condutores
· obedecer distâncias mínimas na vertical entre o condutor inferior e o
solo, dadas pelas normas respectivas para instalações urbanas (NBR
5434) e rurais (NBR 5433)
· para o condutor neutro, utilizar a cor azul-clara
· em caso de uso de caixas de passagem subterrâneas, estas serão
exclusivas para os condutores de energia elétrica e aterramento, não
podendo ser utilizadas para os condutores de telefonia, TV a cabo, etc.
PREVISÃO DE CARGAS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Cada aparelho ou dispositivo elétrico (lâmpadas, aparelhos de aquecimento
d’água, eletrodomésticos, motores para máquinas diversas, etc.) solicita da rede
uma determinada potência. O objetivo da previsão de cargas é a determinação
de todos os pontos de utilização de energia elétrica (pontos de consumo ou
cargas) que farão parte da instalação. Nesta etapa são definidas a potência, a
quantidade e a localização de todos os pontos de consumo de energia elétrica
da instalação.
PREVISÃO DE CARGAS (NBR-5410/1997)
i. Os equipamentos de utilização de uma instalação podem ser alimentados
diretamente (elevadores, motores), através de tomadas de corrente de
uso especifico (TUEs) ou através de tomadas de corrente de uso não
específico (tomadas de uso geral, TUGs);
ii. A carga a considerar para um equipamento de utilização é a sua potência
nominal absorvida, dada pelo fabricante ou calculada a partir de V x I x
fator de potência (quando for o caso – motores) – nos casos em que for
dada a potência nominal fornecida pelo equipamento (potência de saída),
e não a absorvida, devem ser considerados o rendimento e o fator de
potência.
Iluminação:
· Critérios para a determinação da quantidade mínima de pontos de luz:
· > 1 ponto de luz no teto para cada recinto, comandado por
interruptor de parede;
· arandelas no banheiro devem ter distância mínima de 60cm do
boxe
· Critérios para a determinação da potência mínima de iluminação:
· Para recintos com área <> 6m2, atribuir um mínimo de 100W para os
primeiros 6m2, acrescidos de 60W para cada aumento de 4m2
inteiros;
Para iluminação externa em residências a norma não estabelece critérios – cabe
ao projetista e ao cliente a definição.
Tomadas:
· Critérios para a determinação da quantidade mínima de TUGs:
· Recintos com área <> 6m2 – no mínimo 1 tomada para cada 5m ou
fração de perímetro, espaçadas tão uniformemente quanto possível
· Cozinhas e copas – 1 tomada para cada 3,5m ou fração de
perímetro, independente da área; acima de bancadas com largura >
30cm prever no mínimo 1 tomada
· Banheiros – no mínimo 1 tomada junto ao lavatório, a uma
distância mínima de 60cm do boxe, independentemente da área
· Subsolos, varandas, garagens, sótãos – no mínimo 1 tomada,
independentemente da área
· Critérios para a determinação da potência mínima de TUGs:
· Banheiros, cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e
assemelhados – atribuir 600W por tomada, para as 3 primeiras
tomadas e 100W para cada uma das demais
· Subsolos, varandas, garagens, sótãos – atribuir 1000W
· Demais recintos – atribuir 100W por tomada
· Critérios para a determinação da quantidade mínima de TUEs:
· A quantidade de TUEs é estabelecida de acordo com o número de
aparelhos de utilização, devendo ser instaladas a no máximo 1.5m
do local previsto para o equipamento a ser alimentado
· Critérios para a determinação da potência de TUEs:
· Atribuir para cada TUE a potência nominal do equipamento a ser
alimentado
As potências típicas de aparelhos eletrodomésticos são tabeladas
TODAS AS TOMADAS DEVERÃO ESTAR ATERRADAS!
A previsão de cargas de uma determinada instalação pode ser resumida através
do preenchimento do QUADRO DE PREVISÃO DE CARGAS a seguir
PREVISÃO DE CARGAS ESPECIAIS
Em edifícios será muitas vezes necessário fazer a previsão de diversas cargas
especiais que atendem aos seus sistemas de utilidades, como motores de
elevadores, bombas de recalque d’água, bombas para drenagem de águas
pluviais e esgotos, bombas para combate a incêndios, sistemas de
aquecimento central, etc. Estas cargas são normalmente de uso comum, sendo
denominadas cargas de condomínio.
A determinação da potência destas cargas depende de cada caso específico,
sendo normalmente definida pelos fornecedores dos sistemas. Como exemplos
típicos podemos citar:
· Elevadores: 2 motores trifásicos de 7.5CV
· Bombas de recalque d’água: 2 motores trifásicos de 3CV (um é reserva)
· Bombas de drenagem de águas pluviais: 2 motores de 1CV (um é reserva)
· Bombas para sistema de combate a incêndio: 2 motores de 5CV (um é
reserva)
· Portão de garagem: 1 motor de 0.5CV
PREVISÃO DE CARGAS EM ÁREAS COMERCIAIS E DE ESCRITÓRIOS
Pavimento térreo de edifícios residenciais ou pavimentos específicos
(sobrelojas) muitas vezes são utilizados para atividades comerciais. NBR 5410
não especifica critérios para previsão de cargas em instalações comerciais e
industriais. LEVAR EM CONTA A UTILIZAÇÃO DO AMBIENTE E AS
NECESSIDADES DO CLIENTE.
Iluminação
O cálculo da iluminação para estas áreas é feito de forma distinta do processo
utilizado para a determinação da iluminação em áreas residenciais.
Dependendo do uso, para áreas de lojas e escritórios, vários métodos podem
ser empregados para determinar o tipo e a potência da iluminação adequada –
Método dos Lúmens, Método das Cavidades Zonais, Método Ponto por Ponto,
etc.
A norma NBR-5413 – Iluminação de Interiores, define critérios de nível de
iluminamento de acordo com a utilização do recinto.
Tomadas
Para a previsão de TUGs em áreas comerciais e de escritórios, pode-se adotar o
seguinte critério:
· Escritórios comerciais ou análogos com área <> 40m2 – 10 tomadas para
os primeiros 40m2 e 1 tomada para cada 10m2, ou fração, da área restante
· Em lojas – 1 tomada para cada 30m2 ou fração de área, não computadas
as tomadas destinadas a vitrines e à demonstração de aparelhos
· A potência das TUGs em escritórios deverá ser de 200W
DEMANDA DE ENERGIA DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA
Observando o funcionamento de uma instalação elétrica residencial, comercial
ou industrial, pode-se constatar que a potência elétrica consumida é variável a
cada instante. Isto ocorre porque nem todas as cargas instaladas estão todas
em funcionamento simultâneo. A potência total solicitada pela instalação da
rede a cada instante será, portanto, função das cargas em operação e da
potência elétrica absorvida por cada uma delas a cada instante (comentar
refrigerador e motores em geral). -> Por isso, para realizar o dimensionamento
dos condutores elétricos que alimentam os quadros de distribuição, os quadros
terminais e seus respectivos dispositivos de proteção, não seria razoável nem
tecnica nem economicamente a consideração da demanda como sendo a soma
de todas as potências instaladas.
Carga ou Potência Instalada
É a soma de todas as potências nominais de todos os aparelhos elétricos
pertencentes a uma instalação ou sistema.
Demanda
É a potência elétrica realmente absorvida em um determinado instante por um
aparelho ou por um sistema.
Demanda Média de um Consumidor ou Sistema
É a potência elétrica média absorvida durante um intervalo de tempo
determinado (15min, 30min)
Demanda Máxima de um Consumidor ou Sistema
É a maior de todas as demandas ocorridas em um período de tempo
determinado; representa a maior média de todas as demandas verificadas em
um dado período (1 dia, 1 semana, 1 mês, 1 ano)
Potência de Alimentação, Potência de Demanda ou Provável Demanda
É a demanda máxima da instalação. Este é o valor que será utilizado para o
dimensionamento dos condutores alimentadores e dos respectivos dispositivos
de proteção; será utilizado também para classificar o tipo de consumidor e seu
padrão de atendimento pela concessionária local
Fator de Demanda
É a razão entre a Demanda Máxima e a Potência Instalada FD = Dmáx / Pinst
Exemplo do cálculo de demanda de um apartamento típico com as seguintes
cargas:
· 10 lâmpadas incandescentes de 100W 1000W
· 5 lâmpadas incandescentes de 60W 300W
· 1 TV de 100W 100W
· 1 aparelho de som de 60W 60W
· 1 refrigerador de 300W 300W
· 1 ferro elétrico de 1000W 1000W
· 1 lava-roupa de 600W 600W
· 1 chuveiro elétrico de 3700W 3700W
TOTAL 7060W
Maior demanda possível = 7060W
Admitindo que as maiores solicitações sejam:
Demanda diurna
· Lâmpadas 200W
· Aparelho de som 60W
· Refrigerador 300W
· Chuveiro elétrico 3700W
· Lava-roupa 600W
TOTAL 4860W
Demanda noturna
· Lâmpadas 800W
· TV 100W
· Refrigerador 300W
· Chuveiro elétrico 3700W
· Ferro elétrico 1000W
TOTAL 5900W
Fatores de demanda
Diurno -> Fd = 4860 / 7060 = 0,69 ou 69%
Noturno -> Fd = 5900 / 7060 = 0,84 ou 84%
Curva diária de demanda
As diversas demandas de uma instalação variam conforme a utilização
instantânea de energia elétrica, de onde se pode traçar uma curva diária de
demanda
Pinst = valor fixo
Demanda = varia a cada instante
Dmax = valor máximo de demanda -> potência de alimentação, demanda total da
instalação -> será utilizado como base de cálculo para o dimensionamento da
entrada de serviço da instalação
Os valores de demanda são influenciados por diversos fatores, dentre os quais
a natureza da instalação (residencial, comercial, industrial, mista), o número de
consumidores, a estação do ano, a região geográfica, a hora do dia, etc.
NOTA: A demanda deverá sempre ser expressa em termos de potência
absorvida da rede (normalmente expressa em VA ou kVA). Deve-se estar sempre
atento ao FATOR DE POTÊNCIA das cargas, observando a relação entre
potência aparente (VA) e potência ativa (W). Assim:
S = P / cosj S2 = P2 + Q2
S = potência aparente (VA) P = potência ativa (W)
Q = potência reativa (VAR) cosj = fator de potência
Em instalações de residências e apartamentos, a maioria das cargas (iluminação
incandescente e aparelhos de aquecimento) são puramente resistivas. Nestes
casos, podemos considerar W = VA, pois o fator de potência é igual à unidade
Critérios para a determinação do fator de demanda para residências individuais
Provável demanda -> PD = g . P1 + P2
PD = provável demanda = potência de alimentação (em kW)
g = fator de demanda (tabelado)
P1 = soma das potências nominais de iluminação e TUGs (em kW)
P2 = soma das TUEs (em kW)
Tabela de fatores de demanda (g)
P1(kW) fator de demanda (g)
0 a 1 0.88
1 a 2 0.75
2 a 3 0.66
3 a 4 0.59
4 a 5 0.52
5 a 6 0.45
6 a 7 0.40
7 a 8 0.35
8 a 9 0.31
9 a 10 0.27
> 10 0.24 .
Exercício: Calcular a provável demanda de um apartamento com as seguintes
cargas instaladas
· Iluminação = 2800W
· TUGs = 3700W
· TUEs = 16200W
Solução:
P1 = ILUM + TUG = 2800 + 3700 = 6500W
g = 0.40
P2 = TUE = 16200W
PD = 0.40 x 6.5 + 16.2 = 18.8kW -> Pinst = 2800 + 3700 + 16200 = 22700W
DEMANDA TOTAL DE UM EDIFÍCIO DE USO COLETIVO
Em edifícios coletivos o cálculo de demanda, que resulta no dimensionamento
da Entrada de Serviço, transformador e proteção geral, deve obedecer critérios
mais rigorosos do que em instalações residenciais unifamiliares, visto que as
imprecisões entre demanda estimada e real se multiplicam no caso de edifícios
de uso coletivo.
O cálculo da demanda de um edifício de uso coletivo é um processo de
aproximação e é, portanto, limitado visto que se baseia em probabilidades e
estatísticas locais. É fundamental que os componentes da entrada de serviço
estejam corretamente dimensionados para poder acomodar a Provável
Demanda Máxima.
Cálculo da Demanda Total de um Edifício Residencial de Uso Coletivo (CODI –
Comitê de Distribuição de Energia Elétrica)
è critérios definidos pelas concessionárias locais e que muitas vezes
diferem de uma para outra, conduzindo a resultados diferentes para
uma mesma instalação
è as recomendações da RTD 027-CODI (recomendação técnica de
distribuição) são aplicáveis a edifícios residenciais, contendo de 4
a 300 apartamentos, independente da área útil ou padrão
Demanda total do edifício : Dedif = 1.20 (Daptos + Dcondom)
Demanda dos apartamentos: é função do número de apartamentos e de sua área
Daptos = F1 x F2
F1 = fator de diversidade em função do número de apartamentos (tabelado);
representa o fato de que as demandas máximas de cada unidade tomada
individualmente ocorrem em instantes diferentes -> a demanda máxima de um
conjunto de consumidores é menor do que a soma das demandas máximas de
cada consumidor
F2 = Fator de demanda em função da área útil do apartamento (tabelado);
desconsiderar áreas de garagens e outras áreas comuns dos edifícios, algumas
vezes incluídas como pertencentes aos apartamentos
Para apartamentos com área útil > 400m2 F2 = 0.034939 x A0.895075 sendo A a
área útil em m2
Demanda do condomínio: corresponde à soma de todas as cargas de
iluminação, de tomadas e de motores instalados nas áreas do condomínio. Os
seguintes critérios se aplicam:
· cargas de iluminação – 100% para os primeiros 10kW e 25% ao excedente
· cargas de tomadas – 20% da carga total
· motores - aplicam-se tabelas de demanda para motores mono e trifásicos
Dcondom = I1 + 0.25 x I2 + 0.20 x T + M
I1 = parcela da carga de iluminação do condomínio até 10kW
I2 = parcela da carga de iluminação do condomínio acima de 10kW
T = carga total de tomadas do condomínio
M = demanda total de motores do condomínio (tabelas)
Demanda Individual de Unidades Consumidoras Não Residenciais
Apresentação de tabelas com os fatores de demanda específicos
Demanda de um Edifício com Unidades Consumidoras Residenciais e
Comerciais
Em casos de edifícios que possuam unidades residenciais e comerciais o
procedimento é o mesmo utilizado no caso de edifícios residenciais puros,
acrescido da parcela referente à demanda das unidades comerciais. A demanda
total do edifício pode ser determinada por:
Dedif = 1.20 x (Daptos + Dcondom + Dun.comerc)
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS
Locação dos pontos: Após definir todos os pontos de utilização da energia
elétrica da instalação, a sua locação em planta será feita utilizando a simbologia
gráfica apropriada.
Setores de uma instalação elétrica
Circuito elétrico -> equipamentos e condutores ligados a um mesmo
dispositivo de proteção
Dispositivo de proteção (disjuntor termomagnético e fusível) ->
dispositivo elétrico que atua automaticamente quando o circuito elétrico
ao qual está conectado é submetido a condições anormais: alta
temperatura, curto-circuito.
Quadro de distribuição -> componente fundamental da instalação elétrica,
pois recebe o RAMAL DE ALIMENTAÇÃO que vem do centro de medição,
contém os DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO e distribui os CIRCUITOS
TERMINAIS para as cargas.
Circuitos terminais -> alimentam diretamente os equipamentos de
utilização (lâmpadas, motores, aparelhos elétricos) e ou TUGs e TUEs
-> os circuitos terminais partem dos quadros
terminais ou dos quadros de distribuição (alimentadores)
Circuitos alimentadores (circuito de distribuição principal, divisionário,
circuito subalimentador) -> alimentam os quadros terminais e/ou de
distribuição, partindo da rede pública, de um transformador ou de um
gerador
Os quadros terminais e de distribuição deverão ser localizados próximos ao
CENTRO DE CARGA da instalação. O CENTRO DE CARGA é o ponto ou região
onde se concentram as maiores potências (comentar aspectos estéticos,
facilidade de acesso, funcionalidade, visibilidade e segurança -> ambiente de
serviço ou circulação)
Em condomínios deverá haver tantos quadros terminais quantos forem os
sistemas de utilidades do prédio (iluminação, elevadores, bombas, etc.)
DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS TERMINAIS
· A instalação elétrica de uma residência deverá ser dividida em circuitos
terminais
· Facilidade de operação e manutenção; redução da interferência entre
pontos de utilização e limitação das conseqüências de uma falha
· Redução nas quedas de tensão e da corrente nominal ->
dimensionamento de condutores e dispositivos de proteção de menor
seção e capacidade nominal
· Facilidade de enfiação em obra e ligação dos fios aos terminais de
equipamentos, interruptores, tomadas, etc.)
· Cada circuito terminal será ligado a um dispositivo de proteção (disjuntor
termomagnético)
· Prever circuitos independentes para as tomadas de cozinhas, copas,
áreas de serviço
· Concluída a divisão de cargas em circuitos terminais, identificar na
planta, ao lado de cada ponto de luz ou tomada, o no. do circuito
respectivo
Tensão dos circuitos
De acordo com o número de FASES e a tensão secundária de fornecimento,
valem as seguintes recomendações para os circuitos terminais:
· Instalação monofásica: todos os circuitos terminais terão ligação FASENEUTRO,
na tensão de fornecimento padronizada da concessionária local
· Instalação bi ou trifásica:
· circuitos de iluminação e TUGs no menor valor de tensão (ou seja,
estes circuitos serão monofásicos: ligação FASE-NEUTRO)
· TUEs podem ser ligadas em FASE-FASE (circuitos bifásicos,
normalmente utilizados para chuveiros, ar-condicionado, etc.) ou
em FASE-NEUTRO (circuitos monofásicos)
Componentes do quadro de distribuição de cargas
Disjuntor geral, barramento de interligação de fases, disjuntores de circuitos
terminais, barramento de neutro, barramento de proteção
Tabela QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS, contendo toda a informação
sobre a divisão dos circuitos terminais de uma instalação.
RECOMENDAÇÕES PARA A REPRESENTAÇÃO DA TUBULAÇÃO E DA FIAÇÃO
Uma vez concluída a locação dos pontos na planta baixa e identificados os
circuitos terminais, o próximo passo consiste em interligar os mesmos,
representando o sistema de tubulação e a fiação correspondente.
1) Locar o Quadro de Distribuição (próximo ao centro de cargas, etc.)
2) A partir do Quadro de Distribuição iniciar o traçado dos eletrodutos,
procurando os caminhos mais curtos e evitando o cruzamento de
tubulações (levar em conta detalhes do projeto estrutural, hidro-sanitário,
etc.)
3) Interligar inicialmente os pontos de luz (tubulações embutidas no teto),
percorrendo e interligando todos os recintos
4) Interligar os interruptores e tomadas aos pontos de luz de cada recinto
(tubulações embutidas nas paredes)
5) Evitar que caixas embutidas no teto (octogonais 4”x4”x4”de fundo móvel,
octogonais 3”x3”x2” fundo fixo) estejam interligadas a mais de 6
eletrodutos, e que as caixas retangulares 4”x4”x2” e 4”x2”x2” embutidas
nas paredes se conectem com mais de 4 eletrodutos (ocupação,
emendas)
6) Evitar que em cada trecho de eletroduto passe quantidade elevada de
circuitos (limitar em max. 5), visando minimizar bitola de eletrodutos
(comentar conseqüências estruturais) e de fios e cabos (comentar Fator
de Correção de Agrupamento) -> principalmente na saída dos quadros,
prever quantidade apropriada de saídas de eletrodutos em função do
número de circuitos existentes no projeto
7) Avaliar a possibilidade de utilizar tubulação embutida no piso para o
atendimento de circuitos de tomadas baixas e médias
8) Os diâmetros nominais das tubulações deverão ser indicados
9) Concluído o traçado de tubulações, passar à representação da fiação,
indicando o circuito ao qual pertence cada condutor e as seções
nominais dos condutores, em mm2
DESENHO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE UM EDIFÍCIO
DIAGRAMAS E DETALHES
PRUMADA ELÉTRICA
DIAGRAMAS UNIFILARES DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA
ELETRODUTOS
Funções
· Proteção mecânica dos condutores
· Proteção dos condutores contra ataques químicos da atmosfera ou
ambientes agressivos
· Proteção do meio contra os perigos de incêndio resultantes de eventuais
superaquecimentos dos condutores ou arcos voltaicos
· Proporcionar aos condutores um envoltório metálico aterrado (no caso de
eletrodutos metálicos) para evitar perigos de choque elétrico
Tipos
· Não-metálicos: PVC (rígido e flexível corrugado), plástico com fibra de
vidro, polipropileno, polietileno, fibrocimento
· Metálicos: Aço carbono galvanizado ou esmaltado, alumínio e flexíveis de
cobre espiralado
Em instalações aparentes, o eletroduto de PVC rígido roscável é o mais
utilizado, devendo as braçadeiras ser espaçadas conforme as distâncias
mínimas estabelecidas pela NBR-5410/97
Prescrições Para Instalação
· Nos eletrodutos devem ser instalados condutores isolados, cabos
unipolares ou multipolares, admitindo-se a utilização de condutor nu em
eletroduto isolante exclusivo quando este condutor for de aterramento
· As dimensões internas dos eletrodutos devem permitir instalar e retirar
facilmente os condutores ou cabos após a instalação dos eletrodutos e
acessórios. A taxa máxima de ocupação em relação à área da seção
transversal dos eletrodutos não deverá ser superior a:
· 53% no caso de um condutor ou cabo
· 31% no caso de dois condutores ou cabos
· 40% no caso de três ou mais condutores ou cabos
A taxa máxima de ocupação deve obedecer a tabela a seguir:
Quantidade de condutores em um eletroduto
_____________________________________________________________
Condutor (mm2) Eletroduto ½” Eletroduto ¾ Eletroduto 1”
1,5 6 9 -
2,5 4 9 -
4,0 3 9 -
6,0 3 7 9
10 2 4 6
16 - 3 4
· Não deve haver trechos contínuos (sem interposição de caixas ou
equipamentos) retilíneos de tubulação maiores que 15m; em trechos com
curvas essa distância deve ser reduzida a 3m para cada curva de 90o (em
casos especiais, se não for possível obedecer a este critério, utilizar
bitola imediatamente superior à que seria utilizada
· Entre 2 caixas, entre extremidades, entre extremidade e caixa, no máximo
3 curvas de 90o (ou seu equivalente até no máximo 270o); sob nenhuma
hipótese prever curvas com deflexão superior a 90o
· As curvas feitas diretamente nos eletrodutos não devem reduzir
efetivamente seu diâmetro interno
· Eletrodutos embutidos em concreto armado devem ser colocados de
forma a evitar sua deformação durante a concretagem (redundâncias)
· Em juntas de dilatação, os eletrodutos rígidos devem ser seccionados,
devendo ser mantidas as características necessárias à sua utilização; em
eletrodutos metálicos a continuidade elétrica deve ser sempre mantida
Caixas de Derivação
Têm a função de abrigar equipamentos e/ou emendas de condutores, limitar o
comprimento de trechos de tubulação, ou limitar o número de curvas entre os
diversos trechos de uma tubulação
DISJUNTORES
· Elemento de comando (acionamento manual) e proteção (desligamento
automático) de um circuito
· Intercalado exclusivamente nos condutores FASE
· Pode ser mono, bi ou tripolar (para circuitos mono, bi ou trifásicos)
· Capacidades típicas: 10 A, 15 A, .... 150 A (~75kW @ 220V)
· Características Fusível x Disjuntor
· Fusível
· Operação simples e segura: elemento fusível
· Baixo custo
· Não permite efetuar manobras
· São unipolares -> podem causar danos a motores caso o
circuito não possua proteção contra falta de fase
· Não permite rearme do circuito após sua atuação, devendo
ser substituído
· É essencialmente uma proteção contra curto-circuito
· Não é recomendável para proteção de sobrecorrentes leves e
moderadas
· Disjuntor
· Atua pela ação de disparadores: lâmina bimetálica e bobina
· Tipos mono e multipolar; os multipolares possibilitam
proteção adequada, evitando a operação monofásica de
motores trifásicos
· Maior margem de escolha; alguns permitem ajuste dos
disparadores
· Podem ser religados após sua atuação, sem necessidade de
substituição
· Podem ser utilizados como dispositivos de manobra
· Protegem contra subrecorrente e curto-circuito
· Tem custo mais elevado
· Circuitos de iluminação e TUGs: Icircuito < icircuito =" 1640" 220 =" 7,45" 7 =" 7"> não satisfaz !!!
Utilizando disjuntor de 15 A:
15 x 0,7 = 10,5 10,5 > 7,45 -> OK fio 1,5mm2 conduz 15 A? SIM
Então disjuntor de 15 A é compatível com fio de 1,5 mm2
EXERCÍCIOS: Em cada um dos casos a seguir, dimensionar o disjuntor e fio
apropriados
1) Seja um circuito residencial composto por iluminação e tomadas simples
com potência instalada de 1980W
2) Seja um circuito residencial composto por iluminação e tomadas simples
com potência instalada de 1500W
3) Seja um circuito de alimentação de TUE = 1500W
4) Seja um circuito de alimentação de TUE = 3100W
5) Seja um circuito de alimentação de TUE = 7kW
6) Uma residência tem sua instalação elétrica dividida em 5 circuitos:
Circuito A = iluminação e TUGs, total 1320W
Circuito B = 7 TUGs de cozinha e lavanderia
Circuito C = iluminação e TUGs, total 1760W
Circuito D = chuveiro elétrico de 4400W
Circuito E = ar-condicionado de 1540 W
Determinar o quadro de distribuição com dimensionamento de disjuntores e
fiação e o diagrama unifilar da instalação